
É preciso distinguir a ira ou cólera da raiva ou ódio. O ódio e a raiva, de certa forma, são a ira reprimida, emoções totalmente destrutivas tanto para os que as sentem como para quem se torna vitima delas. A ira é um impulso momentâneo, que provoca os maus pensamentos, levando muitas vezes a que se façam acusações injustas, ou se provoquem discussões, brigas e conflitos nas relações.
A Ira pode também ser vista como um sentimento de vingança, quando se manifesta pela vontade tida como incontrolável e dirigida a uma ou mais pessoas por qualquer tipo de ofensa ou insulto.
Alguns sábios afirmam que a Ira é uma loucura breve; por não se controlar a si mesma, e por conduzir à perda de compostura, esquecendo-se as suas obrigações, perseguindo-se os seus intentos duma forma obstinada e ansiosa, recusando-se os conselhos da razão sem que se seja capaz de discernir o que é justo e verdadeiro.
As pessoas que facilmente demonstram a Ira nas suas acções revelam-se inseguras e de certa forma imaturas por não conseguirem controlar as suas reacções. Por exemplo no campo profissional a ira é manifestada através das repreenssões agressivas e represálias frequentes de lideres emocionalmente instaveis perante os seus subalternos. Por baixo de toda essa Ira quase sempre detectamos o medo de errar, de se expressar mal, de se perder...
Por outro lado podemos pegar no exemplo das relações humanas (homem/mulher) em que muitas vezes a ira aparece como resposta obstinada de insegurança, de instabilidade emocional, revelando-se muitas vezes através da violência física e mais gravemente acentuada na violência psicológica. Normalmente estas situações terminam em arrependimento que muitas das vezes não pode ser remediado.
"Uma ira desmedida acaba em loucura;
por isso, evita a ira,
para conservares não apenas o domínio de ti mesmo,
mas também a tua própria saúde..."
Senéca
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